A temporada de morangos no Distrito Federal já começou e promete movimentar o campo, o comércio e o turismo n0s próximos semanasmeseser entre agosto e setembro, mas algumas regiões mais frias do DF podem manter a produção ativa até dezembro. De acordo com o agrônomo Claudinei Machado, da Emater-DF, as condições climáticas deste ano são favoráveis, o que pode garantir altos níveis de produtividade. “Estamos esperando uma produção tão boa quanto no ano passado”, afirma.
Apenas Brazlândia foi responsável por 5.174 toneladas da produção no ano passado. A cultura do morango na região envolve quase 600 produtores, a maioria de base familiar, e movimenta cerca de R$ 220 milhões por ano, somando o valor bruto de produção do morango convencional e orgânico.
Mão de obra familiar e alta produtividade
O produtor Marcos Almeida cultiva morangos ao lado da esposa, Dilza Andrade, em uma área reduzida, mas com grande rendimento. “Colhemos muito com pouco espaço. Neste ano, mudei de variedade e espero colher até uma caixa e meia por planta”, afirma. A seleção e o cuidado das frutas ficam com Dilza: “Tem que ter capricho. O que não está perfeito, eu congelo e uso em casa”, conta.

O casal também destaca o papel da Emater-DF, que oferece assistência técnica e tecnologia. Um dos avanços recentes é o sistema de monitoramento da umidade do solo por aplicativo, que envia dados em tempo real ao celular do produtor e indica o momento certo para irrigar.
Festa do Morango de Brazlândia chega à 29ª edição
A abertura da temporada também marca a contagem regressiva para a Festa do Morango de Brazlândia, prevista para o início de setembro. Em sua 29ª edição, o evento é um dos maiores do calendário rural do DF e reúne feira de produtos agrícolas, venda de morangos e derivados, gastronomia, shows e parque de diversões.
A festa tem origem na comunidade japonesa que, há cerca de 30 anos, introduziu o cultivo da fruta em Brazlândia. “A altitude de até 1.300 metros e o clima com noites frias e dias mais quentes favorecem muito a produção”, explica Claudinei Machado.
Organizada com apoio do governo e da Emater-DF, a festa impulsiona a comercialização direta e indireta dos produtores, movimentando também setores como o turismo, hotelaria e alimentação. “Ela é essencial para manter as famílias na zona rural e fortalecer economicamente a região”, conclui o agrônomo.