Câmeras da UFFS registram aproximação de supercélula que deu origem ao tornado em Rio Bonito do Iguaçu

Vídeo em time-lapse revela o avanço da tempestade minutos antes da destruição

Um vídeo registrado pelo sistema de monitoramento da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), no campus de Laranjeiras do Sul, captou a chegada da estrutura de tempestade que antecedeu o tornado que devastou Rio Bonito do Iguaçu na última sexta-feira (7). As imagens — reproduzidas pelo Governo do Estado do Paraná — mostram a formação de uma supercélula avançando pela região rural pouco antes de atingir o município vizinho.

O registro foi feito em time-lapse, recurso que acelera a velocidade do vídeo e permite observar a evolução completa da tempestade em poucos segundos. No horizonte, a nuvem de tempestade se expande rapidamente, ganhando altura e rotação características de eventos atmosféricos severos. A captura cobre o intervalo entre 18h e 18h16.

Supercélula se formou a poucos quilômetros da área atingida

As câmeras da UFFS ficam instaladas a cerca de 5 km de Rio Bonito do Iguaçu, distância suficiente para registrar a aproximação da tempestade sem interferência visual. É possível observar a estrutura massiva da supercélula, organizada em várias camadas, com áreas de ascensão e rotação que costumam preceder tornados de grande intensidade.

Especialistas explicam que, nesse tipo de sistema meteorológico, a presença de um mesociclone — uma coluna de ar que gira verticalmente dentro da nuvem — costuma ser o principal indicador de que um tornado pode se formar. No vídeo, essa rotação interna aparece de forma clara, reforçando que o fenômeno já estava bem estruturado quando passou pela região.

Registro ajuda a entender dinâmica do evento extremo

O material captado pela UFFS não mostra o tornado em si, mas documenta o momento exato em que a tempestade que o gerou se aproximava da cidade. Para meteorologistas, vídeos como esse são essenciais para reconstruir as condições que levaram ao fenômeno extremo, que destruiu grande parte da área urbana de Rio Bonito do Iguaçu.

A análise de imagens externas, somada aos dados coletados por radares meteorológicos, auxilia na confirmação da intensidade do tornado e na compreensão do comportamento da supercélula. O fenômeno registrado é compatível com tempestades responsáveis por tornados de categoria elevada na escala Fujita.

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