Nesta segunda-feira (28), um apagão de grandes proporções atingiu Portugal, Espanha, Andorra e partes do sul da França, deixando milhões de pessoas sem eletricidade. A falha começou por volta das 11h33 (hora local) e afetou diversos serviços essenciais, como transportes públicos, telecomunicações, hospitais e sistemas de sinalização viária. O fornecimento de energia começou a ser restabelecido gradualmente em várias regiões.
A situação também gerou uma onda de desinformação nas redes sociais, com a circulação de notícias falsas sobre as causas e a duração do apagão. Autoridades e veículos de imprensa têm trabalhado para desmentir essas informações e fornecer atualizações precisas à população.
As causas do apagão ainda estão sendo investigadas. Inicialmente, a operadora portuguesa REN sugeriu que um fenômeno atmosférico raro, causado por variações extremas de temperatura, poderia ter induzido oscilações nas linhas de alta tensão, desestabilizando a rede elétrica . No entanto, especialistas questionam essa hipótese, alegando falta de evidências meteorológicas que sustentem tal explicação.
Outra possibilidade levantada foi a de um incêndio no sul da França que teria danificado uma linha de alta tensão entre Perpignan e Narbonne. Contudo, a empresa francesa RTE, responsável pela manutenção da linha, negou a ocorrência de incêndios na região .
A hipótese de um ciberataque também foi considerada, mas autoridades europeias afirmam que, até o momento, não há indícios que sustentem essa teoria .
Em Portugal, cidades como Lisboa, Porto e Braga já registram o retorno da eletricidade . Na Espanha, a Red Eléctrica estimou que o restabelecimento completo poderia levar entre seis e dez horas.
Apesar do progresso, as autoridades alertam que o processo de normalização pode variar conforme a região e a complexidade dos sistemas afetados.
O apagão causou transtornos significativos. Em Portugal, o primeiro-ministro Luís Montenegro declarou estado de crise energética e mobilizou as Forças Armadas para garantir a segurança das cadeias de distribuição. Na Espanha, o governo ativou planos de emergência para lidar com a situação.
Enquanto as investigações continuam, o foco das autoridades está em restabelecer completamente o fornecimento de energia e garantir a segurança da população.
Repórter Capital
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