Na maior feira de tecnologia do país, o Governo do Distrito Federal (GDF) aproveitou a vitrine da Campus Party Brasil 17, realizada na Arena BRB Mané Garrincha, para apresentar ao público inovações voltadas à segurança pública. Pela primeira vez, a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) participou do evento com estande próprio, debates, exposições e hackathons com desafios reais que envolvem desde proteção à mulher até segurança cibernética.
Um dos grandes destaques foi o Programa Viva Flor, voltado à proteção de mulheres em situação de risco. Atualmente, mais de 1,1 mil mulheres estão sob a proteção ativa do programa no DF. A tecnologia permite o acionamento rápido da Polícia Militar por meio de um app ou dispositivo específico. “Nenhuma mulher monitorada por esses dispositivos foi vítima de feminicídio. Isso mostra a eficiência dessas ações”, destacou a subsecretária de Prevenção à Criminalidade da SSP-DF, Regilene Siqueira.
Segundo ela, o Viva Flor combina georreferenciamento e monitoramento em tempo real. O dispositivo – instalado por ordem judicial ou após denúncia – permite acionar a polícia com apenas um toque, garantindo atendimento prioritário em casos de aproximação do agressor.
A estudante Natacha Batista, de 25 anos, que acompanhou a apresentação, destacou a importância da tecnologia voltada à segurança da mulher: “Essas soluções com dispositivos e integração com delegacias trazem mais confiança. É muito positivo ver investimentos nessa área”, comentou.
Desafios reais, soluções inovadoras
Durante o evento, a SSP-DF propôs três hackathons com desafios baseados em problemas concretos do DF:
Cidadão mais seguro: mapeamento de desordens urbanas;
Cidade mais segura: combate a crimes por meio de ferramentas digitais;
Mulher mais segura: uso de tecnologia para prevenir violência de gênero.
Outra frente inovadora foi o hackathon promovido pela Polícia Civil, que propôs aos participantes o desafio de “quebrar” um sistema de autenticação biométrica, simulando um ataque com uso de inteligência artificial. O objetivo foi testar vulnerabilidades e criar soluções mais seguras para sistemas críticos.
Gabriela Souza, 22 anos, voluntária na ação, destacou a importância do diálogo entre governo, desenvolvedores e sociedade: “É essencial que o governo compartilhe o que está sendo feito, mas também ouça as ideias da população. Isso fortalece a luta contra os crimes que enfrentamos todos os dias”, disse.
Segurança em todos os formatos
Além das oficinas e painéis, o estande da SSP-DF levou à Campus Party experiências práticas para o público, como demonstrações do app 190, uso de drones, sistemas de alerta da Defesa Civil, ferramentas de geointeligência, reconhecimento facial e análise de explosivos. Cada corporação apresentou ações específicas: Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Detran-DF e Defesa Civil marcaram presença com programação própria.
O secretário-executivo de Gestão Integrada da SSP-DF, Bilmar Angelis, reforçou o objetivo da participação: “Queremos integrar a juventude que pensa diferente, que trabalha com inteligência artificial, ciência de dados, reconhecimento de padrões. Estamos construindo juntos soluções para um DF mais seguro”.
A Campus Party segue até domingo (22) e deve atrair milhares de visitantes com foco em tecnologia, inovação e impacto social — cenário ideal para conectar segurança pública, inteligência e participação cidadã.
Com informações da Agência Brasília
Foto: Reprodução/Agência Brasília