A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (27/06), um homem de 34 anos investigado por aplicar uma série de golpes contra gráficas em várias regiões do DF. A prisão foi realizada no Setor Norte do Gama por equipes da 15ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia, durante a Operação Máximo Designer — nome inspirado na forma como o criminoso se apresentava e na escolha das vítimas, em sua maioria gráficas.
Segundo as investigações, o homem fazia encomendas de serviços gráficos como convites, panfletos e banners, sempre à distância, alegando urgência. Para enganar as vítimas, enviava comprovantes de transferência via Pix falsificados, manipulados digitalmente, o que levava os funcionários a liberarem os materiais antes de qualquer confirmação bancária. A retirada era feita por motoristas de aplicativo, dificultando a identificação do golpista. Somente dias depois as gráficas descobriam que os valores jamais haviam sido creditados e que os dados bancários apresentados eram falsos ou pertenciam a terceiros.
A investigação começou quando uma das gráficas percebeu o padrão suspeito e se recusou a liberar os materiais antes da confirmação do pagamento. A denúncia possibilitou o início das diligências e a descoberta de que o investigado usava nomes e documentos de terceiros para dificultar sua identificação. Em um dos casos, um cidadão lesado precisou comparecer à delegacia para provar que não tinha qualquer relação com o golpista.
O homem já responde por diversas ocorrências semelhantes. Em apenas uma delas, o prejuízo chegou a R$ 8.900,00; em outra, a empresa foi lesada em R$ 14.999,00. O prejuízo total estimado ultrapassa R$ 30 mil, mas a polícia acredita que existam mais vítimas que ainda não registraram ocorrência.
Com base nas provas reunidas, a autoridade policial representou pela prisão preventiva, decretada em 24 de fevereiro de 2025. Desde então, o investigado estava foragido até ser localizado nesta quinta-feira no Gama e preso pela equipe da 15ª DP. O homem responderá pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso.