A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) anunciou nesta quarta-feira (17) a criação do primeiro posto de identificação especializado em pessoas com deficiência e famílias atípicas. O espaço funcionará na Delegacia da Criança e do Adolescente II (DCA II), em Ceilândia, e foi apresentado em evento no auditório da Delegacia-Geral.
O novo posto garantirá acolhimento diferenciado na emissão de documentos, como carteiras de identidade, levando em consideração necessidades sensoriais e comportamentais dos usuários. A iniciativa integra o projeto “Apoio Integrado às Famílias Atípicas: Fortalecendo Pais e Cuidadores e Sensibilizando a Polícia Civil do Distrito Federal”, coordenado pela Divisão Integrada de Atendimento à Mulher (Diam).
O projeto prevê capacitação de policiais civis, adaptações físicas nas unidades e materiais educativos para melhorar a comunicação e o atendimento às pessoas com deficiência. “Um simples tratamento diferenciado pode ser o ponto decisivo entre uma pessoa se sentir protegida ou vulnerabilizada”, destacou Karen Langkammer, diretora da Diam.
O delegado-geral da PCDF, José Werick de Carvalho, garantiu que a cultura do acolhimento será expandida para todas as delegacias, além da policlínica e do Instituto Médico Legal. Já o secretário da Pessoa com Deficiência do DF, Willian Ferreira da Cunha, enfatizou a relevância da ação: “Capacitar servidores para o atendimento a pessoas atípicas é uma ação que deve ser ampliada”.
O lançamento contou com apoio da Rede Internacional de Proteção à Vítima – Laço Branco Brasil, da Street Cadeirante Companhia de Dança, da Elev.a Vídeos, da BSB Áudio, Som, Luz e Imagem, e patrocínio do Instituto Nadja Quadros, referência em neurodesenvolvimento em Brasília.
Além do novo posto, a PCDF elabora um cronograma de acessibilidade para 2026–2027 e prepara plano de capacitação contínua, reforçando o compromisso da instituição com a inclusão e o respeito à diversidade.