A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM I), deflagrou, na última sexta-feira (14), a Operação Obsessão, cumprindo mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra um homem de 22 anos, acusado de perseguir e aterrorizar sua ex-namorada ao longo de dois anos.
De acordo com as investigações, o relacionamento do casal teve início em 2023, mas logo se transformou em um pesadelo para a vítima. O homem se passava por uma pessoa anônima, utilizando números privados, VOIPs e diversos números telefônicos para atormentar a mulher com mensagens ofensivas, graves ameaças e ligações constantes, tanto durante o dia quanto à noite. Além disso, ele insinuava que a vítima estava sendo vigiada, chegando a descrever locais que ela frequentava, sua roupa e até com quem ela estava.
A obsessão do criminoso foi além, com ele entrando em contato com familiares e amigos da vítima, fazendo ameaças de morte e enviando fotos e vídeos íntimos dela, incluindo para sua filha de 14 anos. O homem ainda criou perfis falsos em redes sociais e inseriu dados da mulher em aplicativos de relacionamento, o que resultou em mais de 50 homens entrando em contato com ela em poucos dias.
Estima-se que o acusado tenha utilizado mais de 200 terminais telefônicos diferentes para perseguir a vítima ao longo dos dois anos de terror psicológico. A mulher, adoecida emocionalmente, passou a evitar redes sociais e se afastou de amigos, familiares e até dos filhos, que passaram a morar com o pai, devido ao constante medo.
Durante a investigação, a DEAM I descobriu que o autor das ameaças era, na verdade, o ex-namorado da vítima, que disfarçava suas ações simulando receber mensagens do “stalker” e registrando ocorrência em que relatava ser alvo das mesmas ameaças. Mesmo após medidas protetivas de urgência serem expedidas contra ele, o homem desrespeitou as ordens judiciais e continuou enviando as ameaças.
Após os procedimentos legais, o autor foi preso e encaminhado à carceragem da PCDF, onde permanece à disposição da Justiça.
Redação: Repórter Capital com informações da PCDF