Operação da PCDF desmantela facção especializada em tráfico e lavagem de dinheiro

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou, nesta terça-feira (25), uma grande ofensiva contra o crime organizado, com a deflagração da Operação Cicuta. A ação, conduzida pela Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), tem como objetivo desmantelar uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas e na lavagem de dinheiro. A operação cumpre sete mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva em diferentes Regiões Administrativas do DF, incluindo Lago Norte, Asa Sul, Asa Norte, Cruzeiro, Sobradinho e Jardim Botânico. As diligências fazem parte da Operação Nárke, uma iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

As investigações revelaram que a organização criminosa atuava de forma sofisticada, praticando tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crimes ambientais. O grupo operava diversas plantações clandestinas de maconha e promovia a disseminação de sementes de cannabis em vários estados, incluindo Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás. Os criminosos se especializaram no cultivo de clones de cannabis e na produção de haxixe, distribuindo tanto a droga quanto as mudas para diferentes estados brasileiros. Para ampliar seu mercado, também ensinavam técnicas de produção por meio de plataformas digitais, consolidando um negócio ilícito altamente estruturado.

 

Para mascarar suas atividades, a facção criminosa utilizava empresas de fachada, registradas em nomes de laranjas, e explorava brechas legais, valendo-se de decisões judiciais que permitiam o cultivo de cannabis para fins medicinais. No entanto, as investigações apontam que, sob essa justificativa, a rede criminosa operava um mercado clandestino de entorpecentes e insumos ilegais, movimentando grandes quantias de dinheiro de forma oculta.

A quadrilha não apenas violava leis antidrogas, mas também cometia graves crimes ambientais. A introdução ilegal de sementes exóticas na flora brasileira representa um risco significativo para os ecossistemas locais e para o agronegócio. Além disso, algumas espécies cultivadas pela organização possuíam alto teor de THC, aumentando o risco de overdose e efeitos colaterais severos nos consumidores.

As investigações também revelaram um grave desrespeito ao Judiciário, uma vez que a organização utilizava decisões legais como subterfúgio para o tráfico de drogas em grande escala. O esquema era tão elaborado que permitia a comercialização de produtos derivados da cannabis sob a falsa alegação de fins medicinais.

Com base na Constituição Federal, todos os imóveis utilizados para o cultivo de cannabis podem ser expropriados e destinados a programas de habitação e reforma agrária. A PCDF segue com as investigações para garantir que os graves danos causados à sociedade do DF e ao Brasil sejam interrompidos. Os investigados podem enfrentar penas de até 50 anos de prisão, com base em vários dispositivos legais violados, incluindo a Lei de Drogas (nº 11.343/06), Lei de Lavagem de Dinheiro (nº 9.613/98) e Lei de Organizações Criminosas (nº 12.850/13).

A Operação Cicuta segue em andamento, com novas fases previstas para intensificar o combate ao crime organizado no Distrito Federal e em outras regiões do país.

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