Quem passa pela via que liga o Paranoá ao Paranoá Parque já pode ver a transformação em curso: o novo Centro Olímpico e Paralímpico (COP) da região está tomando forma e se aproxima da conclusão da primeira etapa das obras. O equipamento será o 13º do tipo no Distrito Federal e representa um importante avanço na política de inclusão esportiva e social do GDF.
Segundo o engenheiro Carlos Roberto Damião, responsável pela execução do projeto, o canteiro já vive o momento de finalização.
“Estamos na fase de construção de alvenaria do prédio administrativo. Concretamos a laje do pórtico e os pilares circulares, e já encerramos também a primeira parte do campo sintético. Agora falta alambrado, cercamento, calçamento e estacionamento. Vamos passar para a finalização. A parte estrutural já foi”, explicou.
Com investimento de R$ 2,5 milhões e geração de 40 empregos, a primeira etapa contempla o prédio administrativo, o campo sintético e as fundações de outras áreas esportivas. Quando estiver concluído, o espaço contará com pista de atletismo, quadras de tênis, poliesportiva e de areia, piscinas semiolímpicas e vestiários, além de salas de aula e espaços administrativos. A licitação da segunda fase deve ocorrer ainda este ano.
Formação e cidadania através do esporte
O novo COP terá capacidade para atender até 5 mil pessoas, entre crianças, jovens e adultos. Hoje, os 12 centros em funcionamento no DF somam 16.557 alunos distribuídos em 32 modalidades, com resultados que vão muito além do esporte. De lá saíram talentos como Vinícius Galeno, medalhista no Pan-Americano Júnior de 2025, e Daniele Souza, representante do Brasil no parabadminton dos Jogos Paralímpicos de Paris.
Para o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, o impacto dos centros ultrapassa o desempenho esportivo.
“A formação de atletas é uma consequência. O mais importante é a formação da cidadania dessas crianças e adolescentes, que, dentro de um espaço como esse, estão longe da criminalidade, em um ambiente saudável, aprendendo valores que podem ser levados para qualquer área da vida”, destacou.
“Aqui no Paranoá, o COP vai realmente transformar a vida das pessoas.”
Estrutura e desenvolvimento regional
O novo centro também beneficiará moradores de áreas vizinhas, como o Itapoã e o Itapoã Parque, região que já recebeu mais de 6,9 mil unidades habitacionais entregues pelo GDF desde 2019. Para o administrador regional do Paranoá, Horácio Duarte, o investimento no COP faz parte de uma estratégia mais ampla de urbanização e fortalecimento comunitário.
“Não adianta apenas entregar moradias; é preciso garantir infraestrutura ao redor. Estamos instalando paradas de ônibus, teremos a primeira creche pública aqui no Paranoá e estamos finalizando a licitação da Feira Permanente. E tudo que é esporte é demanda direta da população”, afirmou.
Com o novo Centro Olímpico e Paralímpico, o Paranoá ganha um equipamento de alto padrão, pensado para o esporte, a saúde e a convivência. Mais que uma obra, o espaço simboliza o poder transformador da política pública quando o esporte se torna instrumento de cidadania e inclusão.