A icônica Ponte JK, um dos maiores símbolos arquitetônicos e turísticos de Brasília, passou por uma verdadeira “cirurgia estrutural” nos últimos meses. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) concluiu, em tempo recorde, a troca das 18 juntas de dilatação da ponte — peças fundamentais que garantem a segurança diante do intenso tráfego e da variação de temperatura.
Os trabalhos começaram em junho e estavam previstos para durar até 90 dias, mas terminaram em menos de 70, sempre com segurança, planejamento e supervisão técnica. As peças substituídas têm 2 metros de comprimento por 0,80 metro de largura, e sua função é permitir que a estrutura se movimente de forma controlada, sem trincas ou fissuras.
Durante as madrugadas, o trânsito chegou a ser interrompido em algumas faixas, mas já está completamente liberado há mais de uma semana. Para evitar futuros transtornos, a Novacap comprou peças sobressalentes do mesmo modelo e instituiu um processo permanente de manutenção e inspeção.
Segundo o fabricante, as novas juntas têm durabilidade média de 10 anos, podendo chegar a 15 dependendo das condições de uso. A Novacap realiza ainda o reaperto constante de parafusos, a troca de materiais desgastados nas bordas e o monitoramento de outros tipos de juntas.
E vem mais por aí: um edital está em fase final de elaboração para contratar empresa responsável pela pintura provisória da estrutura, buscando restabelecer o visual imponente da ponte sobre o Lago Paranoá.
Já o passo mais decisivo será o ensaio estrutural completo, exigido pelo Tribunal de Contas do DF (TCDF), para verificar as reais condições da ponte e embasar o novo projeto técnico de recuperação definitiva. O monitoramento técnico será realizado nos próximos 60 a 90 dias.
“Com essas ações, o GDF e a Novacap demonstram o compromisso com a conservação responsável do patrimônio público, a segurança da população e o planejamento técnico das grandes obras da capital”, destacou o presidente da Novacap, Fernando Leite.