Lula trava disputa com o DF por recursos e autonomia

Desde que Luiz Inácio Lula da Silva reassumiu a Presidência em 2022, a relação entre o Palácio do Planalto e o Distrito Federal tem sido marcada por disputas constantes. Autoridades locais afirmam que algumas decisões do governo federal dificultam a gestão da capital, afetando setores estratégicos como segurança, saúde e economia.

O Fundo Constitucional, que garante recursos essenciais para a cidade, esteve recentemente no centro da polêmica. Propostas de mudanças apresentadas pelo governo federal foram barradas após reação de parlamentares distritais, com o apoio do governador Ibaneis Rocha e da vice-governadora Celina Leão. Para o GDF, a medida reforça a importância do fundo para manter o funcionamento da capital.

A segurança pública é outro ponto crítico. O governo local apresentou propostas de reajuste salarial para policiais e bombeiros, considerados vitais para a proteção da população. Até o momento, porém, o Planalto não avançou nas negociações, provocando críticas sobre a prioridade dada à segurança em Brasília.

Na economia, o Banco de Brasília (BRB) registrou lucros recordes no primeiro semestre de 2025, mas teve vetada sua expansão por meio da compra do Banco Master. A operação já havia sido aprovada pelo Cade e pela Câmara Legislativa do DF, mas foi bloqueada pelo Banco Central. Autoridades locais classificam a decisão como motivada por interesses políticos, prejudicando a autonomia financeira da capital.

Especialistas veem esses episódios como reflexo de um conflito político e administrativo. Para líderes do DF, decisões do governo federal não podem comprometer a população, enquanto analistas projetam que a tensão entre Lula e a gestão de Ibaneis deve se intensificar, impactando políticas públicas e o desenvolvimento econômico da região.

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