A morte do estudante Isaac Augusto de Brito Vilhena de Moraes, de 16 anos, provocou forte comoção no Distrito Federal e reacendeu o debate sobre impunidade e violência juvenil. O aluno do Colégio Militar de Brasília foi assassinado na noite de quinta-feira (17), durante um assalto na 113 Sul, quando teve o celular roubado e foi esfaqueado por um grupo de adolescentes. Sete suspeitos foram apreendidos no Paranoá poucas horas depois do crime.
A governadora em exercício, Celina Leão, usou suas redes sociais para prestar solidariedade à família e cobrou mudanças urgentes na legislação penal juvenil. Ela classificou o crime como “inaceitável” e afirmou que o país “segue refém de uma legislação ultrapassada”. Para Celina, o caso simboliza a fragilidade do sistema: “Em menos de três horas, nossa polícia prendeu os assassinos, mas, por serem menores, vão apenas cumprir medidas socioeducativas. É a impunidade disfarçada de lei”, declarou.
O presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz, também lamentou o assassinato e disse que o crime abalou profundamente o DF. Ele reforçou o compromisso de fortalecer a segurança pública e destacou o impacto humano da tragédia. “Como pai e cidadão, manifesto minha solidariedade à dor da família e de todos que sentem essa perda. Precisamos garantir que jovens como Isaac não tenham seus sonhos interrompidos pela violência”, afirmou.
Em nota, o Colégio Militar de Brasília, onde Isaac cursava o segundo ano do ensino médio, comunicou o falecimento do aluno com “imensa consternação”. A instituição ressaltou que a memória do estudante permanecerá viva entre colegas e professores e destacou o sentimento de luto coletivo: “Não há palavras que possam traduzir tamanha dor”. O velório será realizado neste domingo (19), às 14h, na Capela 1 do Cemitério Campo da Esperança, em Brasília.