O Governo do Distrito Federal (GDF) estendeu por mais 630 dias a vigência da situação de emergência zoossanitária decretada em razão do risco de gripe aviária. A decisão, publicada no Diário Oficial do DF (DODF) desta segunda-feira (19), visa reforçar as medidas de prevenção e vigilância contra a influenza aviária de alta patogenicidade, apesar de o DF não registrar nenhum caso da doença até o momento.
De acordo com a Secretaria de Agricultura, a prorrogação é estratégica para proteger a capital federal de possíveis surtos, diante do avanço da doença em outras regiões do país. Desde 2023, a emergência vem sendo sucessivamente renovada como parte do plano de contenção.
A gripe aviária do tipo H5N1, altamente contagiosa entre aves e com potencial de impacto na saúde pública e no agronegócio, tem levado o Ministério da Agricultura a monitorar novos focos suspeitos em diversos estados. Atualmente, seis casos estão sob investigação nos municípios de Aguiarnópolis (TO), Imbituba (SC) e Salitre (CE). Já os focos em Nova Brasilândia (MT), Triunfo (RS) e Gracho Cardoso (SE) foram descartados.
O primeiro caso confirmado em uma granja comercial brasileira foi registrado recentemente em Montenegro (RS), onde cerca de 17 mil aves foram afetadas — parte morreu e o restante foi sacrificado por protocolo sanitário.
Impacto internacional
O cenário preocupa também o mercado internacional. Nove países e um bloco econômico já suspenderam, total ou preventivamente, a importação de frango brasileiro. A lista inclui:China; União Europeia; Argentina; Chile; Uruguai; México; Canadá; África do Sul; Coreia do Sul; Japão. Mesmo sem registros da doença no Distrito Federal, o GDF reforça que a vigilância deve continuar ativa e as medidas de biossegurança seguem recomendadas para granjas, criadores e estabelecimentos comerciais que lidam com aves.
