Em mais um duro golpe contra a sonegação fiscal no Distrito Federal, auditores do Governo do Distrito Federal (GDF) apreenderam, em plena BR-020, uma carreta carregada com 13,5 mil unidades de bebidas alcoólicas transportadas sem nota fiscal. A carga incluía de tudo: uísque, gin, vodka, cerveja, energéticos e até água de coco — um verdadeiro combo para abastecer bares, festas e distribuidoras, agora retido pelas autoridades.
O valor total estimado das mercadorias apreendidas ultrapassa os R$ 206 mil. Com a autuação, o crédito tributário — soma de impostos devidos e multas — chega a impressionantes R$ 123,6 mil.
A interceptação foi resultado de um minucioso trabalho de inteligência da Coordenação de Fiscalização Tributária da Secretaria de Economia do DF. A equipe tem intensificado a atuação em pontos considerados sensíveis, com foco especial nas madrugadas de sexta a domingo, quando muitos transportadores acreditam estar fora do radar da fiscalização.
“Esse é o momento em que eles se sentem mais seguros para agir. Mas nós também estamos atentos, com operações montadas estrategicamente”, afirmou o coordenador de Fiscalização Tributária, Silvino Nogueira Filho.
Além das bebidas, outras apreensões robustas marcaram os últimos quatro dias de fiscalização nas rodovias do DF. Entre elas, 58 mil litros de etanol hidratado, avaliados em R$ 202 mil, com crédito tributário de R$ 174 mil; e 47,8 mil quilos de sorgo a granel, sem documentação fiscal, avaliados em R$ 39 mil.
Na manhã de sábado (26), auditores também autuaram uma carga de roupas e acessórios com nota fiscal inidônea, no valor de R$ 171,6 mil, com acréscimo de R$ 44,9 mil em multas e impostos. Cosméticos, utilidades domésticas e calçados encontrados em condições irregulares foram encaminhados para o depósito de bens da Receita do DF.
A força-tarefa evidencia o comprometimento do GDF em combater fraudes fiscais, garantir a arrecadação de tributos e proteger o comércio legalizado. Só em quatro dias, o total de autuações superou a marca de meio milhão de reais — dinheiro que poderia deixar de ser investido em serviços públicos essenciais, caso não houvesse a devida fiscalização.