GDF e empresas de delivery avançam em projeto para criar pontos de apoio a entregadores

O Governo do Distrito Federal (GDF) deu um passo importante para garantir mais dignidade e estrutura de trabalho aos entregadores de aplicativo. Em uma reunião realizada nesta terça-feira (20), a Casa Civil do DF reuniu representantes das principais plataformas de entrega, da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) e da Novacap para definir os próximos passos da implantação de pontos de apoio em regiões administrativas com alta demanda.

A proposta prevê a criação de locais com infraestrutura básica — como banheiros, cobertura e espaço para descanso — para os profissionais que trabalham diariamente nas ruas. Apesar de já haver legislação sobre o tema, sua execução vinha esbarrando em entraves operacionais e legais.

Um novo modelo, com agilidade e parceria

Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, o governo está construindo um modelo mais viável e ágil, com apoio das empresas. “A forma como a lei foi redigida dificulta a execução. Por isso, estamos buscando uma solução conjunta com os aplicativos para garantir direitos básicos aos trabalhadores”, explicou.

O novo modelo prevê que a Novacap fique responsável pela construção dos espaços. Depois, a gestão será repassada às plataformas de entrega por meio do programa Adote uma Praça, já consolidado entre o GDF e a iniciativa privada.

Os locais para instalação dos pontos serão definidos com base em análise de demanda das empresas, e os modelos das estruturas já foram desenvolvidos. A expectativa é que, após nova reunião, seja anunciado o cronograma de implementação.

Acordo elogiado por todos os lados

A proposta foi bem recebida pelas plataformas. “Essa parceria entre o poder público e a iniciativa privada representa uma solução equilibrada. É um caminho para melhorar as condições de trabalho dos entregadores e também qualificar o serviço prestado à população”, afirmou André Porto, da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec).

Para o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, a medida representa um avanço humano e prático. “Poderíamos aplicar multas às empresas, como prevê a legislação, mas esse não é o caminho. Queremos garantir dignidade a quem trabalha duro todos os dias para manter a cidade funcionando”, afirmou.

Repórter Capital com informações da Agência Brasília

Foto: Agência Brasil

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