O Distrito Federal registrou, entre a noite de sexta-feira (22) e a manhã deste sábado (23), três graves ocorrências de violência doméstica, todas atendidas pela Polícia Militar, que resultaram em prisões em flagrante, apreensão de armas e no socorro de vítimas.
Na QR 410, em Samambaia, policiais militares prenderam um homem de 41 anos por tentativa de feminicídio. A vítima, de 39 anos, foi encontrada dentro da casa com hematomas, dificuldade de locomoção e fala. Vizinhos relataram que a mulher era agredida desde a madrugada. Segundo informações, o agressor a manteve trancada no quarto, fez ameaças de morte com uma tesoura e desferiu diversas agressões. O Corpo de Bombeiros prestou socorro e encaminhou a vítima ao Hospital Regional de Ceilândia. O autor foi levado à 26ª Delegacia de Polícia e autuado em flagrante.
Ainda na madrugada de sábado (23), por volta das 0h40, outra ocorrência foi registrada no Areal, QS 11, Conjunto C. Uma mulher relatou ter sido agredida na cabeça pelo companheiro, entrou em pânico e tentou contra a própria vida, provocando cortes no braço. Durante a ocorrência, os policiais encontraram uma carabina calibre .32 pendurada na parede da casa, que foi apreendida. O suspeito foi detido e conduzido à 21ª Delegacia de Polícia. A vítima afirmou que sofria agressões recorrentes e ameaças com o uso da arma. Na delegacia, ela chegou a ser ameaçada novamente pela ex-companheira do autor, que também responderá por ameaça.
Na noite de sexta-feira (22), por volta das 21h, uma terceira ocorrência foi registrada na QNP 12, em Ceilândia. Policiais do 8º Batalhão localizaram uma mulher com lesões visíveis de agressões praticadas pelo companheiro. Durante a averiguação, foi encontrada uma pistola calibre 22 com 15 munições escondida na residência. O casal foi encaminhado à DEAM 2, onde o autor foi autuado por lesão corporal no âmbito da Lei Maria da Penha e por posse ilegal de arma de fogo.
As três ocorrências reforçam a gravidade da violência doméstica no DF e a necessidade de denúncias. A Polícia Militar destaca que qualquer cidadão pode acionar o 190 em caso de flagrante ou utilizar o Ligue 180 para registrar denúncias anônimas de violência contra a mulher.
