O Distrito Federal alcançou um dos índices mais altos do país em localização de pessoas desaparecidas: 98%. A informação foi divulgada no primeiro Anuário de Segurança Pública do DF, lançado na última quarta-feira (18) pelo Governo do Distrito Federal. O dado coloca a capital federal como referência nacional no enfrentamento desse tipo de ocorrência.
O levantamento, feito pela Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), também indica que o tempo médio de registro de desaparecimento caiu de 148 para 122 horas entre 2023 e 2024 — uma redução de 18%. Segundo a SSP, essa agilidade é resultado direto de políticas públicas integradas que vêm sendo desenvolvidas desde o ano passado, em especial dentro da chamada Rede de Atenção Humanizada de Pessoas Desaparecidas.
Uma das iniciativas mais eficazes é o protocolo Sinal de Busca Imediata, que compartilha a imagem da pessoa desaparecida com mais de 30 órgãos do DF e de outros estados logo após o registro da ocorrência. Essa troca rápida de informações amplia o alcance da mobilização e aumenta as chances de localização ainda nas primeiras horas.
“O desaparecimento de uma pessoa é sempre uma situação de angústia para as famílias. Nossa missão institucional é oferecer uma resposta integrada, sensível e eficaz”, afirmou Jasiel Fernandes, subsecretário de Integração de Políticas em Segurança Pública da SSP-DF.
Além da resposta operacional, o DF se destaca por oferecer suporte psicológico e jurídico às famílias, além de atuar em parceria com a empresa Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), para divulgação de alertas em um raio de até 160 km da área do desaparecimento.
Outra frente importante foi a realização, em maio, do 1º Encontro Técnico Interinstitucional sobre Fluxos de Atenção às Pessoas Desaparecidas, que reuniu especialistas e órgãos públicos para padronizar e aprimorar os protocolos de resposta.
A SSP reforça que qualquer pessoa pode registrar o desaparecimento de um familiar assim que perceber a ruptura da rotina — não é preciso aguardar 24 horas. “Os primeiros minutos são fundamentais. O registro imediato no boletim de ocorrência é a principal ferramenta para dar início às buscas e atualizar estatísticas”, orientou Fernandes.
Após a localização da pessoa, os dados do BO são atualizados, seja por contato direto da família ou pelas ações de busca das autoridades. Essa atualização é fundamental para encerrar formalmente o caso e permitir o redirecionamento de recursos a outras ocorrências.
Com essa combinação de tecnologia, integração institucional e atenção humanizada, o Distrito Federal se consolida como um modelo de eficiência no combate ao desaparecimento de pessoas.