Consórcio Catedral assume Rodoviária do Plano neste domingo com plano de reforma e alta tecnologia

Neste domingo, 1º de junho de 2025, a Rodoviária do Plano Piloto entra em uma nova era. Inaugurada em 1960 como parte do projeto original de Brasília, o principal terminal de integração do Distrito Federal agora é oficialmente administrado pelo setor privado. A concessão foi vencida pelo Consórcio Catedral, que assume a gestão do espaço por 20 anos, com a promessa de investir R$ 120 milhões em modernização, segurança e infraestrutura.

É a primeira vez, em quase 65 anos de história, que o terminal deixa de ser gerido diretamente pelo poder público. A mudança marca uma virada estratégica na mobilidade urbana do DF.

“As primeiras melhorias que a população deverá notar são a recuperação de equipamentos como as escadas rolantes e elevadores, além do aspecto de segurança e organização do terminal”, destacou o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves.

Investimentos e modernização

O contrato prevê um cronograma de investimentos dividido em fases, com destaque para:

  • R$ 7 milhões nos dois primeiros anos, voltados à implantação de infraestrutura de estacionamento e sistema operacional;

  • R$ 57,7 milhões para reformas no prédio principal até o terceiro ano;

  • R$ 54,9 milhões em modernização completa da estrutura até o quarto ano.

Além da reestruturação física do terminal, a sala multissensorial já foi entregue — espaço dedicado ao acolhimento de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) e outras neurodivergências. Inspirado em modelo implantado no Aeroporto de Congonhas, o ambiente oferece conforto, iluminação e mobiliário adequados, além de área para descanso e amamentação.

Mais segurança com tecnologia

A concessionária já colocou em funcionamento a nova sala de controle operacional, equipada com câmeras de videomonitoramento integradas à Secretaria de Segurança Pública. O sistema conta com tecnologia de reconhecimento facial, capaz de identificar pessoas procuradas ou com mandado de prisão em aberto.

Estacionamentos rotativos e receita

A área concedida inclui os estacionamentos próximos ao Conic, Conjunto Nacional e plataforma superior da rodoviária, totalizando 2.902 vagas. Todos passarão por modernização e se tornarão estacionamentos rotativos, cuja gestão poderá ser feita diretamente ou por meio de terceirização.

Além dos investimentos, o Consórcio Catedral deverá repassar anualmente 12,33% da receita bruta ao GDF como valor de outorga — percentual que incide sobre ganhos com aluguéis, publicidade, estacionamentos e outros serviços prestados no terminal.

Um novo marco na história da capital

A transição para a gestão privada ocorre em uma data simbólica, marcada pela promessa de transformar a Rodoviária do Plano Piloto em um ambiente mais seguro, acessível e moderno, à altura da capital federal. Para os mais de 700 mil usuários que passam diariamente pelo terminal, a expectativa agora é por uma experiência mais digna e eficiente.

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