Gasolina tem queda no preço após atuação do Procon no Distrito Federal

Nos últimos dias, os motoristas do Distrito Federal sentiram no bolso um aumento significativo no preço da gasolina, com alta que chegou a até 50 centavos por litro em vários postos da região. Em resposta a essa situação, o Procon-DF intensificou as ações de fiscalização e notificou 56 estabelecimentos, exigindo que apresentem, em até dez dias, justificativas detalhadas para o reajuste, que é considerado abusivo pelo órgão de defesa do consumidor.

Durante a semana, fiscais do Procon visitaram 81 postos — o equivalente a aproximadamente 25% do total de pontos de venda no DF — para coletar notas fiscais que comprovem os valores pagos pelos revendedores às distribuidoras, bem como os preços cobrados do consumidor final. A análise preliminar dessas documentações apontou que o custo da gasolina para os postos sofreu variações mínimas, entre 2 e 5 centavos, o que não é suficiente para justificar o aumento de até meio real nas bombas.

“O que observamos foi um aumento no preço final que não acompanha a pequena oscilação do mercado, configurando uma possível prática abusiva. Por isso, notificamos os postos para que expliquem os motivos desse reajuste e evitem sanções”, afirma Marcelo Nascimento, diretor-geral do Procon-DF. “As multas podem chegar a R$ 50 mil para cada estabelecimento que não apresentar justificativa adequada.”

Conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor, elevar preços sem causa legítima é uma prática abusiva, mesmo em setores com preços livres, como o de combustíveis. Por isso, o Procon mantém a fiscalização rigorosa para assegurar que os consumidores não sejam prejudicados por aumentos sem fundamento.

Além das notificações, o órgão incentiva a população a denunciar qualquer irregularidade. As reclamações podem ser feitas pelo telefone 151, pelo e-mail 151@procon.df.gov.br ou diretamente pelo site oficial do Procon-DF. Após o registro da denúncia, a equipe tem até dois dias úteis para realizar a fiscalização no local indicado.

Funcionamento da fiscalização

Ao suspeitar de abuso, o Procon exige que o posto apresente, em até 48 horas, as notas fiscais relativas à compra da gasolina e à venda ao consumidor. Caso os documentos apontem um aumento injustificado, o estabelecimento deve fornecer, em até dez dias, relatórios de estoque e outros documentos que justifiquem o reajuste.

Se o posto não entregar as informações solicitadas ou não conseguir comprovar a necessidade do aumento, estará sujeito a processo administrativo que pode resultar em multas que variam de R$ 20 mil a R$ 50 mil.

Com essas medidas, o Procon reforça seu compromisso em equilibrar as relações de consumo e proteger o orçamento dos cidadãos, especialmente em um momento em que o gasto com gasolina pesa no bolso das famílias do Distrito Federal.

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