Após 24 dias, greve de professores do DF chega ao fim após avanços nas negociações com o GDF

Após 24 dias de paralisação, os profissionais do magistério público do Distrito Federal decidiram, em assembleia geral realizada nesta quarta-feira (25), encerrar a greve iniciada no dia 2 de junho. A decisão foi tomada após a categoria aprovar a proposta apresentada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) à comissão de negociação na última segunda-feira (23). Apesar do fim da greve, o estado de mobilização será mantido, com foco no acompanhamento do cumprimento do acordo e na continuidade das discussões sobre a reestruturação da carreira.

Entre os avanços conquistados nas negociações, destaca-se o compromisso do GDF de dobrar os percentuais de titulação na tabela salarial a partir de janeiro de 2026 — 10% para especialistas, 20% para mestres e 30% para doutores. Também está prevista a nomeação de pelo menos 3 mil profissionais até dezembro de 2025, além da prorrogação do atual concurso público, que venceria em julho do próximo ano, e a realização de um novo certame, com edital previsto para o primeiro semestre de 2026.

Outro ponto importante foi o reconhecimento de direitos para professores em contrato temporário, que passam a ter assegurado o direito ao atestado de acompanhamento de cônjuge ou dependente em consultas de saúde ou exames.

Acordo com força de lei

O acordo que levou ao fim da paralisação foi homologado junto ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), o que garante força legal ao compromisso firmado. A mesa de negociação permanente, que seguirá com a mediação do TJ, será responsável por aprofundar as discussões relacionadas à reestruturação da carreira.

Os dias parados serão pagos integralmente por meio de folha suplementar ainda no mês de julho. A reposição das aulas será realizada até o final do mês, com o recesso escolar previsto para a primeira semana de agosto, garantindo a recomposição do calendário sem prejuízo para estudantes e suas famílias.

A assembleia geral, que reuniu educadores de várias regiões do DF, foi marcada pelo reconhecimento da mobilização como ferramenta fundamental para o avanço das pautas da categoria.

Resumo do acordo:

  • Projeto de lei com novos percentuais de titulação: 10% (especialistas), 20% (mestres) e 30% (doutores), com vigência em janeiro de 2026

  • Nomeação de pelo menos 3 mil profissionais até dezembro de 2025

  • Prorrogação do atual concurso público do magistério

  • Novo concurso com edital previsto para o 1º semestre de 2026

  • Garantia de atestado para profissionais temporários em caso de acompanhamento de familiar

  • Pagamento dos dias parados via folha suplementar em julho

  • Reposição das aulas até o final de julho, com recesso na primeira semana de agosto

  • Criação de mesa permanente de negociação

  • Homologação judicial do acordo, com força de lei

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