Em pronunciamento na Câmara dos Deputados, na quarta-feira 29, Alberto Fraga parece ter mergulhado em uma Brasília paralela, onde o ex-governador José Roberto Arruda (Sem Partido) teria construído as últimas UPAs e todas as “grandiosas obras do sistema viário” do DF. A narrativa, no entanto, está distante da realidade.
No discurso, Fraga afirmou que “as últimas UPAs que foram construídas foram no governo dele. As obras, as grandiosas obras do sistema viário foram feitas no governo dele.” A impressão é que o deputado vive uma realidade paralela.
Na Brasília real, nos últimos anos DF passou de seis para 13 UPAs em operação, inauguradas entre 2021 e 2022, com unidades em Ceilândia, Paranoá, Gama, Riacho Fundo II, Planaltina, Vicente Pires e Brazlândia. Outras sete UPAs estão em construção, previstas para conclusão nos próximos 12 meses, totalizando 20 unidades até 2026, além de três hospitais em andamento e a ampliação de diversas UBSs.
As chamadas “grandiosas obras do sistema viário” de Arruda, citadas por Fraga, são na realidade construídas recentemente pelo governo atual, com exemplos como o viaduto do Itapoã, o viaduto do Sudoeste, o túnel Rei Pelé e o viaduto de Sobradinho, que realmente transformaram a mobilidade urbana da capital.
Atualização sobre a situação de Arruda
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recentemente pedido de Arruda para anular condenação por improbidade administrativa, mantendo sua inelegibilidade até 2032. O caso refere-se ao superfaturamento nos contratos com a Linknet Tecnologias e Telecomunicação. Em nota, o advogado do ex-governador, Paulo Emilio Catta Preta, afirmou que a defesa “discorda da decisão do STJ”.
