São Paulo registra 23 casos confirmados de intoxicação por metanol e 6 mortes; mais de 18 mil garrafas apreendidas

O governo de São Paulo mantém em alerta máximo o gabinete de crise montado para enfrentar os casos de intoxicação por metanol decorrentes da ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas. O último balanço da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP), divulgado nesta quinta-feira (9), aponta que 152 suspeitas foram descartadas após análises clínicas e epidemiológicas, enquanto 23 casos foram confirmados e 148 seguem sob investigação em todo o estado. Entre os confirmados, seis pessoas já morreram, sendo quatro na capital paulista, uma em São Bernardo do Campo e um em Osasco.

Desde a primeira confirmação de casos em setembro, as ações de fiscalização e controle foram intensificadas. Entre as principais operações desta quinta-feira, está a “Gota a Gota”, realizada pela Secretaria da Fazenda em parceria com a Polícia Civil, que resultou na suspensão de sete inscrições estaduais e fiscalização simultânea de 13 estabelecimentos. Em Diadema, uma adega clandestina teve 125 garrafas interditadas, 17 apreendidas e seis descartadas, enquanto um supermercado da cidade teve 511 garrafas de bebidas alcoólicas bloqueadas. Na capital, uma distribuidora sem licença foi totalmente interditada devido a condições sanitárias precárias. Ao todo, 13 estabelecimentos foram interditados e 26 fiscalizados, envolvendo vigilâncias sanitárias estadual e municipal, Procon e Polícia Civil.

O impacto da crise também é refletido nos números de apreensões e prisões: mais de 18,9 mil garrafas foram retiradas de circulação desde 29 de setembro (mais de 68,9 mil ao longo de 2025), 378 mil rótulos e 100 mil insumos foram confiscados, e 45 pessoas foram presas, incluindo 24 desde o final de setembro.

A mobilização segue com a ação #DeOlhoNoCopo, que nesta sexta-feira (10) vai orientar bares, restaurantes e adegas em todas as regiões do estado sobre os riscos de comercialização de bebidas adulteradas. Denúncias podem ser feitas ao Disque Denúncia (181), à Polícia Civil de São Paulo (www.webdenuncia.sp.gov.br) e ao Procon-SP (Disque 151 / www.procon.sp.gov.br), que disponibilizou um atalho direto para casos relacionados a metanol.

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