Reconhecida por sua praia artificial e belezas naturais, Rifaina, no interior paulista, poderá ser oficialmente declarada a Capital do Mergulho em Água Doce no Estado de São Paulo. É o que prevê o Projeto de Lei nº 617/2025, de autoria da deputada estadual Delegada Graciela (PL), publicado no Diário Oficial do Poder Legislativo em 18 de junho.
A proposta foi apresentada após solicitação do vereador Ernani Baraldi, que reforçou o papel turístico e ambiental da cidade, situada às margens do Rio Grande, na divisa com Minas Gerais. Com águas cristalinas e formações rochosas submersas, Rifaina se tornou um dos principais destinos de mergulho do Brasil, atraindo praticantes da atividade e promovendo o turismo sustentável.
Cidade submersa e mergulho de expedição
Desde a construção da Usina Hidrelétrica de Jaguara, em 1971, a paisagem de Rifaina foi transformada. Com o represamento do Rio Grande, áreas urbanas antigas, como casas, pontes e estações ferroviárias, foram submersas. Hoje, esses resquícios históricos servem de cenário para expedições subaquáticas, oferecendo um mergulho que une natureza, história e aventura.
“A topografia da região, composta por grandes cânions e penhascos, somada à limpidez das águas e à profundidade da represa, faz da região um dos principais locais de mergulho de expedição em água doce no Brasil”, justificou a deputada Graciela.
Destaque no turismo ecológico
Segundo o guia “Roteiros de Mergulho”, Rifaina abriga 9 pontos de mergulho, sendo o município com mais pontos em água doce de São Paulo. Há também 59 escolas de mergulho em atividade, consolidando a cidade como referência no setor.
Graciela também ressaltou o papel do mergulho como ferramenta de educação ambiental: “É uma atividade de alto valor agregado, baixo impacto ambiental e forte conexão com a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável. Rifaina já se destaca como polo turístico e merece esse reconhecimento oficial.”
O projeto agora seguirá para análise na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Se aprovado, o título reforçará o papel de Rifaina no cenário do turismo ecológico e esportivo nacional.