Um mês após o assassinato de um torcedor do Vasco dentro de um ônibus em Samambaia, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu os responsáveis pelo crime. As detenções ocorreram durante a operação Rivalidade Cega, deflagrada entre os dias 22 e 23 de outubro pela 32ª Delegacia de Polícia, que apurava o caso desde o dia do homicídio, ocorrido em 21 de setembro de 2025.
De acordo com as investigações, três homens, integrantes de uma torcida organizada do Flamengo, foram presos preventivamente por envolvimento direto no ataque que terminou com a morte da vítima, ligada a uma torcida rival do Vasco. Eles agiram em conjunto com adolescentes infratores, emboscando o torcedor dentro do coletivo, em um episódio marcado pela brutalidade.
O crime, segundo a PCDF, foi motivado por um conflito territorial entre torcidas organizadas rivais. A vítima foi surpreendida dentro do ônibus e atacada com uma arma branca, sofrendo múltiplas lesões corporais fatais. A cena de violência chocou passageiros e moradores da região, que presenciaram a ação bárbara e o desespero dentro do transporte público.
Durante a operação, batizada de Rivalidade Cega justamente em referência ao ódio irracional entre grupos de torcedores, os policiais cumpriram três mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça. Os autores foram indiciados por homicídio qualificado, com as qualificadoras de motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além do crime de corrupção de menores, em sua forma majorada.
Segundo a 32ª DP, os acusados foram localizados em diferentes regiões do Distrito Federal e não resistiram à prisão. Todos estão agora à disposição do Poder Judiciário. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos e compreender a estrutura da torcida organizada à qual pertenciam.
O delegado responsável pelo caso destacou que o crime é “um exemplo extremo de como rivalidades esportivas, quando transformadas em violência, destroem vidas e espalham medo”. Ele ressaltou que o combate a grupos violentos de torcidas é uma prioridade da Polícia Civil.
Com as prisões, a PCDF encerra uma das investigações mais complexas recentes relacionadas à violência entre torcidas organizadas no DF, dando uma resposta rápida à sociedade e à família da vítima.
