A aposentada Odália Carvalho, 71 anos, chegou a acreditar que nunca mais voltaria a andar. Portadora de diabetes tipo 2 há mais de 40 anos e hipertensa, ela desenvolveu uma ferida grave no pé, agravada por uma infecção resistente a antibióticos. O risco de amputação era real e iminente. Mas, graças ao trabalho conjunto da equipe do Núcleo de Atenção Domiciliar (NAD) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a paciente teve um desfecho diferente: recuperou a mobilidade e a autonomia.
O tratamento exigiu uma verdadeira força-tarefa. Médicos, nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem se integraram para oferecer desde a medicação adequada até o cuidado diário com a ferida, passando por laserterapia para acelerar a cicatrização, fisioterapia para reabilitação da marcha e ajustes na alimentação para fortalecimento do organismo. Cada detalhe fez diferença no processo.
Além da técnica, a equipe também apostou no acolhimento emocional. “Ela chorava muito, estava fragilizada. Então, insistimos na escuta, na conversa e no apoio constante”, relembra a técnica de enfermagem Selma Cristina. Essa proximidade ajudou a paciente a enfrentar o tratamento com mais confiança e esperança.
Depois de três meses de cuidados intensivos, Odália recebeu alta em condições de andar sozinha. Voltou para casa com a glicemia controlada, sem dor e, principalmente, com uma nova perspectiva de vida. “Ganhei de volta a alegria de viver. Hoje consigo usar até os sapatos que achei que nunca mais calçaria”, comemora.
O caso reforça o impacto do trabalho realizado pelo HRSM, que alia conhecimento científico e atenção humanizada. Para a direção do hospital, histórias como a de Odália mostram que a integração entre especialidades é um caminho indispensável para salvar vidas e devolver dignidade aos pacientes.
Com informações da Agência Brasília