Dia Mundial de Prevenção do Afogamento expõe riscos principalmente para crianças, DF já soma 15 casos em 2025

Durante as férias escolares, o lazer aquático se torna a grande atração para as crianças, mas também esconde um risco mortal: os afogamentos. De janeiro a julho deste ano, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF) registrou 42 ocorrências de afogamento no Distrito Federal, sendo 15 envolvendo crianças entre 1 e 12 anos. Em 13 casos, as vítimas precisaram de atendimento em unidades de saúde.

O alerta vem justamente no Dia Mundial de Prevenção do Afogamento, lembrado nesta sexta-feira (25), data criada para chamar atenção para medidas que podem salvar vidas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o afogamento é uma das principais causas de mortes acidentais no mundo. Em 2021, 300 mil pessoas perderam a vida dessa forma, e 43% eram crianças e adolescentes. No Brasil, foram 71,6 mil mortes por afogamento entre 2010 e 2023, segundo o Ministério da Saúde.

Prevenção começa em casa

A instrutora do Núcleo de Ensino do Samu-DF, Lorhana Morais, reforça que a principal medida é a supervisão constante.

“É fundamental que um adulto esteja sempre a um braço de distância da criança quando ela está na água. Acidentes acontecem em segundos e podem ser fatais”, alerta.

Ela lembra que 50 ml de água podem causar um afogamento grave até em adultos, tornando baldes, bacias e banheiras potenciais riscos para os pequenos. “É indispensável manter piscinas com cercas, tampas nos vasos sanitários e esvaziar baldes e banheiras logo após o uso”, acrescenta.

Como agir em caso de afogamento

Em situações de emergência, é essencial ligar imediatamente para o Samu (192) ou para o Corpo de Bombeiros Militar do DF (193).

  • Se a criança estiver consciente, é preciso mantê-la aquecida e deitada de lado para evitar broncoaspiração.

  • Se estiver inconsciente, devem ser iniciadas manobras de reanimação, com cinco ventilações de resgate (boca a boca) e ciclos de 15 compressões torácicas intercaladas com duas respirações, até a chegada do socorro.

Cachoeiras e lagos: armadilhas escondidas

A diversão em lagos e cachoeiras também requer cautela. “Pedras escorregadias, buracos e correntezas podem ser fatais. Ninguém deve entrar em áreas desconhecidas sem guia ou sem conhecer bem o local”, ressalta Lorhana Morais.

Ela destaca ainda que mesmo bons nadadores estão sujeitos a riscos, como câimbras, mal súbito ou hipoglicemia. Caso veja alguém se afogando, evite contato direto se não houver treinamento: jogue objetos flutuantes ou galhos para ajudar a vítima a se segurar.

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