Desde o dia 22 de maio, um abrigo emergencial montado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), na 907 Sul, tem garantido conforto e dignidade a pessoas em situação de rua. Em apenas 20 dias de funcionamento, mais de 2.200 acolhimentos foram realizados — com pernoite, refeições, banho quente, agasalhos e atendimento socioassistencial.
Instalado no ginásio do Centro Integrado de Educação Física (Cief), o espaço funciona diariamente, das 19h30 às 6h, e oferece condições básicas de sobrevivência durante o período de baixas temperaturas. A estrutura é coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), no âmbito do Plano Distrital para População em Situação de Rua, e é apoiada por diversas secretarias e órgãos do GDF.
Acolhimento com respeito e empatia
“Esse abrigo está sendo uma mãe, ajudando bastante. Aqui temos janta, café da manhã, banho e apoio dos assistentes sociais. Me sinto seguro”, diz Ulisses Silva (nome fictício), de 38 anos, um dos frequentadores assíduos do abrigo, ao lado da esposa Luana Ribeiro (nome fictício), 42. O casal, vindo de São Paulo, está em situação de rua desde que perdeu o emprego no meio rural do DF.
“Nós íamos passar frio na rua, mas aqui nos dão tudo: comida, lugar para dormir, até roupas. Recebi um casaco da Campanha do Agasalho Solidário”, relata Luana.
Do total de acolhimentos registrados até o dia 11 de junho, foram:
1.337 homens
67 mulheres
20 mulheres transexuais
12 crianças e adolescentes
337 pessoas com deficiência (PcDs)
67 animais de estimação
Com as temperaturas em queda — podendo atingir entre 21°C e 23°C, e sensação térmica ainda menor —, a ação preventiva do GDF, iniciada antes mesmo do inverno, foi estratégica. Segundo o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, “foi uma resposta rápida e sensível à vulnerabilidade extrema. Essa é a função de um governo presente”.
No local, os acolhidos recebem:
Colchões e cobertores limpos
Banho quente com kit de higiene
Jantar e café da manhã
Casacos da Campanha do Agasalho Solidário
Atendimentos socioassistenciais
Estrutura exclusiva para mulheres e crianças, com tendas da Defesa Civil
A subsecretária substituta de Assistência Social da Sedes, Raqueline Neves, explica que todas as pessoas passam por cadastro ao chegar ao abrigo. “É uma ação de proteção social. A cada atendimento, oferecemos acolhimento digno, cuidado e escuta qualificada”, reforça.
Mais abrigos e atendimento ampliado
Além do espaço na Asa Sul, o GDF mantém unidades temporárias no Gama e em Ceilândia. Desde o início do ano, mais de 8 mil pessoas em situação de rua foram atendidas em toda a rede. Conforme a demanda e as temperaturas caírem, novos pontos de acolhimento serão abertos.
Com informações da Agência Brasília
Foto: Agência Brasília