A Câmara Legislativa do Distrito Federal debateu, nesta terça-feira (22), o uso da cannabis medicinal no tratamento de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). A audiência, proposta pelo deputado Fábio Felix (PSOL), reuniu especialistas, familiares de pacientes e representantes de associações.
Foram apresentados relatos de famílias que relataram melhora significativa em sintomas como crises convulsivas, estereotipias e dificuldades de socialização após o uso de produtos à base de canabidiol (CBD). No entanto, o acesso ao tratamento ainda é limitado por altos custos, burocracia na importação, falta de protocolos no SUS e estigma social.
Felix propôs a criação de um grupo de trabalho com a Secretaria de Saúde para elaborar um protocolo clínico que viabilize o uso da cannabis no sistema público. Também sugeriu campanhas informativas para enfrentar a desinformação e capacitar profissionais de saúde.
Representantes de associações como a Aliança Verde e o Instituto Bioser defenderam a ampliação do acesso e mostraram como suas ações têm gerado economia ao estado ao evitar judicializações. Um dos dados apresentados é que o DF gasta cerca de R$ 25 mil por paciente judicializado, enquanto ações sociais têm custo reduzido e maior alcance.
Repórter Capital com informações da Agência CLDF